Biopsia de Pele – Fibras Finas

A Neuropatia de Fibras Finas (NFF) pode ser causada por diversas condições médicas, incluindo desordens metabólicas, infecciosas, nutricionais, vasculares, genéticas e autoimunes. Embora ainda não existam estudos epidemiológicos que confirmem a prevalência ou incidência exata da NFF, ela é particularmente frequente em pacientes com diabetes, pré-diabetes e doenças do tecido conjuntivo. A biópsia de pele para avaliação de fibras finas é essencial para o diagnóstico preciso dessa condição e é considerada o padrão ouro para a confirmação da NFF.

Este exame tem uma grande importância, pois permite a identificação das causas subjacentes da neuropatia, orientando o tratamento adequado e, consequentemente, melhorando o prognóstico do paciente. A biópsia de pele é o método diagnóstico mais utilizado nos EUA e Europa para a NFF, sendo reconhecido pelas principais sociedades internacionais na área de neuropatologia.

O procedimento consiste na coleta de uma amostra de pele utilizando um punch dermatológico, o que torna o exame altamente seguro e minimamente invasivo. Após a coleta, o material é processado com técnicas especializadas, incluindo colorações histoquímicas e imunohistoquímicas, para a análise detalhada das fibras nervosas intradérmicas. A avaliação morfológica das fibras permite determinar a densidade linear e outras características dessas fibras, que variam conforme sexo e idade do paciente.

Com a biópsia de pele para avaliação de fibras finas, é possível determinar a integridade e o número das fibras nervosas, ajudando a identificar anormalidades que podem estar associadas à NFF. Este exame é fundamental para o diagnóstico definitivo da neuropatia e para a definição de uma conduta terapêutica precisa, fundamental para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.